Criptomoedas

Geração Z: o impacto digital nas finanças e a queda da poupança

Com jovens de 16 a 27 anos cada vez mais conectados ao mundo digital, a tradicional caderneta de poupança enfrenta novos desafios. A facilidade com que essa geração se envolve com investimentos digitais, como criptomoedas e contas remuneradas em bancos virtuais, está redefinindo o cenário financeiro brasileiro. O jovem Paulo, de 15 anos, ilustra bem essa mudança. Acostumado a investir pequenas quantias em criptos sob a orientação do pai, Paulo considera natural aplicar suas economias em ativos digitais diretamente pelo celular, sem sequer conhecer a poupança. Esse comportamento, comum a milhões de jovens, aponta para um futuro financeiro onde a poupança perde relevância, abrindo espaço para soluções mais modernas e acessíveis. Segundo o economista Marcelo Billi, da Anbima, a geração Z enxerga o conceito de poupança de forma mais ampla, incluindo outros produtos financeiros que oferecem maior rentabilidade e facilidade de acesso, como contas digitais com rendimento atrelado ao CDI. Além disso, com 66% dos jovens da geração Z usando bancos digitais, o cenário se transforma rapidamente, tornando o digital uma parte crucial do futuro das finanças no Brasil. A resistência da poupança se vê ameaçada, com a necessidade de modernização para atrair as novas gerações que buscam soluções rápidas, práticas e eficazes.