Entre julho de 2023 e junho de 2024, o Brasil movimentou um total de US$ 90,3 bilhões em criptomoedas, o equivalente a aproximadamente R$ 500 bilhões. Esse volume posiciona o país como o segundo maior mercado de criptoativos na América Latina, perdendo apenas para a Argentina, que negociou US$ 91,1 bilhões no mesmo período.
O relatório “Geografia de Criptomoedas 2024” da Chainalysis, plataforma especializada em dados e análises de criptomoedas, revelou que a maior parte desse volume, 60%, foi gerada por investidores institucionais — aqueles que movimentam mais de US$ 1 milhão em transações — com um montante de US$ 54,1 bilhões.
Enquanto isso, os investidores de varejo, que negociam até US$ 10 mil, representaram 6% do total, ou US$ 5,5 bilhões. Já os pequenos investidores, que aplicam menos de US$ 1 mil, ficaram com apenas 1,4% desse montante.
Os investidores classificados como profissionais, que movimentam entre US$ 10 mil e US$ 1 milhão, foram responsáveis por 34% do volume total, totalizando US$ 30,8 bilhões.
O relatório também destacou um aumento no volume de transações institucionais no Brasil, indicando um renovado interesse de grandes entidades financeiras no mercado de criptomoedas. O valor mensal de transações institucionais subiu 29,2% entre o terceiro e quarto trimestres de 2023, e 48,4% no primeiro trimestre de 2024.
Esse crescimento foi impulsionado por eventos como o lançamento dos ETFs de bitcoin nos EUA, em janeiro de 2024, e o novo recorde histórico do bitcoin, que atingiu US$ 73.700 em março.