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Brasil pode ter mais de 50% da população usando criptomoedas até 2030, revela estudo

O Brasil está se consolidando como um dos países líderes na adoção de criptomoedas e ativos digitais. De acordo com um estudo recente da Sherlock Communications, cerca de 24% dos brasileiros já possuem algum tipo de criptoativo ou token, um salto significativo comparado a 2023, quando o número era de 14%. A tendência, segundo projeções feitas pelo time de Research do Mercado Bitcoin (MB), é que esse número cresça ainda mais, podendo ultrapassar 50% da população até 2030. Isso representaria cerca de 120 milhões de brasileiros utilizando Bitcoin e outras criptomoedas, impulsionados pela introdução de inovações como o DREX, a moeda digital do Banco Central.

Essas estimativas foram apresentadas no relatório "State of Digital Assets", divulgado durante a Digital Assets Conference Brazil. O país já ocupa a décima posição no Global Crypto Adoption Index, evidenciando seu papel de liderança na América Latina e sua importância no cenário mundial.

Para Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, a popularização de criptoativos no Brasil reflete uma mudança cultural e econômica, com os brasileiros buscando alternativas financeiras mais acessíveis e flexíveis. "Estamos testemunhando uma transformação na maneira como as pessoas lidam com dinheiro e fazem seus investimentos", afirmou Rabelo.

Além da crescente adoção das criptomoedas, o Brasil também está bem posicionado para aproveitar o boom dos ativos tokenizados. Estima-se que o valor total desses ativos possa alcançar US$ 800 trilhões globalmente no futuro, com o mercado de tokenização atingindo US$ 1 trilhão já em 2025. Setores como o imobiliário, esportivo e o agronegócio estão entre os que mais têm explorado o potencial dessa tecnologia.

A regulamentação do mercado cripto no Brasil também é um fator determinante para seu crescimento. O lançamento do DREX e o desenvolvimento de um ambiente regulatório robusto, como o Sandbox Regulatório da CVM e a Lei nº 14.478/2022, têm atraído investidores e instituições financeiras. Segundo Rabelo, essa base regulatória não apenas protege o mercado, mas também cria condições para sua expansão.